Dívida externa sobe 14,5% em 2007, para US$ 197 bilhões

28/01/2008 - 11h14 - Atualizado em 28/01/2008 - 11h30
Dívida externa sobe 14,5% em 2007, para US$ 197 bilhões
Informação foi divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central.Reservas internacionais, porém, crescem mais no ano passado.
Alexandro Martello Do G1, em Brasília entre em contato
ALTERA OTAMANHO DA LETRA
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A dívida externa total estimada para o fim de 2007 atingiu US$ 197,7 bilhões, segundo informou nesta segunda-feira (28) o Banco Central por meio de nota à imprensa. Isso representa crescimento de US$ 25 bilhões, ou 14,5%, em relação ao patamar de dezembro de 2006 (US$ 172,5 bilhões).

Reservas internacionais
O crescimento da dívida externa no ano passado, porém, foi acompanhado de uma elevação maior ainda no nível das reservas internacionais brasileiras. No fim de 2006, as reservas estavam em US$ 85,8 bilhões, saltando para US$ 180,3 bilhões no fim do ano passado. Ou seja, crescimento de US$ 94,4 bilhões, ou 110%.

A última posição das reservas internacionais divulgada pelo BC foi a de 24 de janeiro deste ano, momento no qual elas estavam em US$ 186,4 bilhões. Deste modo, as reservas, cuja elevação é resultado principalmente das compras do BC no mercado à vista, continuam a se aproximar do nível da dívida externa, que fechou 2007 em US$ 197 bilhões.

Com isso, o país está perto de atingir uma marca inédita: ter toda a sua dívida externa assegurada pelo alto volume das reservas internacionais. O crescimento das reservas, e a sua aproximação do nível da dívida externa brasileira, melhora a percepção de investidores estrangeiros sobre a economia brasileira.

Pelo fato de o Brasil ter alto volume de reservas, os investidores entendem que a dívida externa estaria "solvente", ou seja, que o risco de calote, em caso de turbulências externas, seria menor.
Compras de dólares
O processo de aumento das reservas teve início em 2004, quando o BC começou a comprar dólares no mercado à vista. Em todo o ano de 2007, o BC comprou US$ 78,5 bilhões, volume recorde para todos os tempos. As compras de dólares do BC estão ligadas ao forte volume de ingresso de divisas na economia brasileira por conta das exportações e, também, pela entrada de recursos para aplicações financeiras (compra de títulos e ações, entre outros). Em todo o ano passado, US$ 87,4 bilhões ingressaram na economia brasileira.
Se o BC não estivesse comprando dólares, a cotação da moeda norte-americana, que já é a menor em vários anos, estaria mais baixa ainda.
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